Sexta-Feira, 13 de Outubro de 1307
Este post é um pedido especial de um grande amigo; Francis Ronssine, " A maior fraqueza de um homem é a sua própria Ignorância" espero que gostem e boa leitura a todos.
Muitos acreditam que esse foi o acontecimento que marcou definitivamente a Sexta-Feira 13 como dia de azar. O que aconteceu nesse dia?
Para entender o lado oculto da "SEXTA FEIRA TREZE, O FIM DOS TEMPLÁRIOS E O COMEÇO DA MAÇONARIA" É necessário uma breve explicação histórica sobre Os Templários e a Monarquia da época.
A ordem foi fundada em Jerusalém, no ano de 1119. Seu propósito era dar proteção aos peregrinos cristãos na Terra Santa. A cidade tinha sido conquistada pelos cruzados em 1099, mas chegar até lá continuava sendo um problemão. Ela era praticamente uma ilha, cercada de muçulmanos por todos os lados. A solução, proposta pelo cavaleiro francês Hugo de Payns, agradou ao rei de Jerusalém, Balduíno 2º: criar uma força militar subordinada à Igreja. A idéia era inédita. Até então, existiam monges de um lado e cavaleiros de outro.
Os Cavaleiros do Templo, também, eram proibidos de se confessar a outros que não fossem os capelães e templários. Igualmente, o livro da Regra – que tinha sido escrita por ninguém menos que são Bernardo de Claraval – era restrito ao alto escalão da ordem . Os outros tinham de sabê-la de cor. Era uma forma de preservá-la, caso caísse em mãos erradas. Porém, entre cochichos, se especulava que a Regra continha artigos secretos cifrados, cuja interpretação dava posse de conhecimentos esotéricos, como a fonte da juventude ou a transmutação de metais. Com o crescimento da ordem, ostemplários não pararam mais de receber doações, e em pouco tempo estavam administrando uma gigantesca fortuna espalhada por toda a Europa, composta de peças de ouro, prata, castelos, fortalezas, moinhos, videiras, pastos e terras aráveis. O grupo emitia cartas de crédito: o peregrino à Terra Santa depositava uma determinada soma na Europa, que podia ser resgatada quando chegasse aJerusalém. “O Templo de Londres foi chamado de precursor medieval do Banco da Inglaterra”, escreve o historiador britânico Edward Burman no livro Templários: Os Cavaleiros de Deus. Isso fez crescer o olho de muitos novos adeptos.“Payns inventou uma nova figura, a do monge-cavaleiro”, diz Marion Melville, autora de La Vida Secreta de los Templarios (sem tradução para português). O exército seria formado por frades bons de espada, que fariam, além dos votos de pobreza, castidade e obediência, um quarto juramento: o de defender os lugares sagrados da cristandade e, se necessário, liquidar os infiéis. Balduíno alojou-os no local onde outrora fora construído o mítico Templo de Salomão. Daí o nome do grupo: templários.
Em 1129, a ordem recebeu aprovação do papa no Concílio de Troyes. Em 1139, veio a consagração definitiva: uma nova bula papal isentava os templários da obediência às leis locais. Eles ficariam submetidos, dali em diante, somente ao sumo pontífice. Os Cavaleiros do Templo admitiam excomungados em suas igrejas (o que era uma senhora blasfêmia para a mentalidade religiosa da época). Certa vez, um grupo de templários interrompeu, entre risos e com uma revoada de flechas, uma missa na Basílica de Jerusalém. O padre era de outra ordem, a dos Hospitalários, e entre as duas havia uma rixa histórica. “Apesar da bravura reconhecida, os templários muitas vezes foram censurados por seu orgulho e arrogância”, afirma o historiador francês Alain Demurger no livro Os Templários: Uma Cavalaria Cristã na Idade Média.
O teólogo inglês João de Salisbury, em 1179, se perguntava se os cavaleiros não tinham cedido às ambições terrenas. Essa suspeita se tornou certeza em diversos casos. Em 1291, a viúva de um nobre templário foi expulsa de sua propriedade na Escócia pelo chefe da ordem no país, Brian de Jay. Segundo o contrato firmado pelo marido, a posse das terras voltaria à família depois de seu falecimento. Maliciosamente, Brian recusou-se a devolvê-las. E o pior: ordenou que seus homens arrombassem a casa da viúva. Como ela se agarrou à porta, em completo desespero, teve os dedos decepados pela espada de um cavaleiro.
Enquanto os templários seguraram as pontas na Palestina, todos fizeram vista grossa aos seus desmandos. Porém, quando o jogo na Terra Santa virou, e os muçulmanos gradualmente reconquistaram a região – processo que culminou com a expulsão dos cristãos do solo sagrado em 1303 –, a animosidade contra a ordem explodiu. “A expulsão foi particularmente séria para os templários, cujo prestígio e função se identificavam com a defesa dos lugares da vida, morte e ressurreição de Cristo”, diz Malcolm Barber. Na Alemanha, “beber como um templário” virou sinônimo de bebedeiras, e “Tempelhaus” (a Casa do Templo), lugar de farra e até prostituição.
Agora que sabemos quem foram os templários, vamos aos acontecimentos da época:
O monarca francês e seu papa marionete fizeram chegar ao conhecimento dos Grãos-Mestres do Templo e do Hospital que planejavam uma nova Cruzada contra os muçulmanos utilizando-se das forças conjuntas das duas Ordens Bélico-religiosas ainda em ação, devendo elas fundir-se numa nova Ordem sob o comando dos Hospitalários.
Convidados a Poitiers, nas imediações de Paris, Jacques de Molay, Grão-Mestre do Templo e Foulques de Villaret, Grão-Mestre dos Hospitalários, deveriam apresentar-se a 1º de novembro de 1306, Dia de Todos os Santos.
Jacques de Molay
Jacques de Molay, de posse de um plano detalhado para uma nova cruzada e um arrazoado detalhado acerca da inconveniência da fusão entre as duas Ordens religiosas e militares, chegou ao encontro com vasta antecedência.
Foulques de Villaret, atrasou-se à reunião, dela se retirando na primeira oportunidade. Jacques de Molayficou sozinho: uma ovelha em meio a lobos, hienas e chacais...
Por volta do dia 20 de setembro de 1307 Filipe de Valois, o Belo, enviou cartas lacradas a todos os senescais do reino com ordens expressas de que somente fossem abertas na noite de quinta-feira 12 de outubro.
O falecimento de Charles de Valois (Carlos de Valois), irmão de Filipe, determinou uma viagem do Grão-Mestre Jacques de Molay que, sem nada desconfiar, ocupou lugar de destaque nas exéquias sendo mesmo um dos que carregaram o esquife (caixão) do príncipe falecido no próprio dia 12 de outubro, véspera de sua captura...
Quando as cartas foram simultaneamente abertas, a ordem expressa do rei resumia-se em: “os Templários são acusados de graves heresias e crimes devendo ser todos aprisionados e postos a ferros na madrugada de sexta-feira 13 de outubro de 1307”. Data daí a crença de que toda a sexta-feira 13 é um dia de azar.
Jacques DeMolay nasceu em Vitrey, na França, no ano de 1244. Pouco se sabe de sua família ou sua primeira infância. Sabe-se que na idade de 21 anos, ele tornou-se membro da Ordem dos Cavaleiros Templários
A Ordem participou destemidamente de numerosas Cruzadas, e o seu nome era uma palavra de ordem de heroísmo, quando, em 1298, DeMolay foi eleito Grão Mestre.
Era um cargo que o classificava como e muitas vezes acima de grandes lordes e príncipes.
Os Templários foram fortemente entrincheirados na Europa e Grã-Bretanha, com suas grandes casas, suas ricas propriedades, seus tesouros de ouro; seus líderes eram respeitados por príncipes e temidos pelo povo, porém não havia nenhuma ajuda popular para eles em seus planos de guerra.
Foi a riqueza, o poder da Ordem, que despertou os desejos de inimigos poderosos e, finalmente, ocasionou sua queda.
Estarrecidos, os Templários pouco ou nada ofereceram em termos de resistência entregando-se aos soldados do Rei sem entender as acusações mas acreditando firmemente poder comprovar sua inocência.
Relata-se que, por mais que todo o procedimento tenha sido mantido em rigoroso sigilo, 3 carroças carregadas com o que provavelmente seria o tesouro dos Templários saíram do Templo em Paris em direção a local incerto e jamais se soube o paradeiro daquele tesouro.
Sabe-se que, em função de suas atividades de proteção a peregrinos em direção à Terra Santa, os Templários dispunham de uma grande frota de navios que, misteriosamente desapareceram das costas da França.
Muito se especulou: teriam ido para a Escócia, aonde a influência de Filipe de Valois e Bertrand de Got não chegava?
O que é ainda motivo de pesquisa é o paradeiro do Tesouro dos Templários e de seus navios misteriosamente desaparecidos.
Extração de confissões e execuções
Os calabouços eram locais extremamente úmidos, insalubres, desconfortáveis, criados para quebrar a vontade dos prisioneiros, acorrentados durante todo o tempo.
A estas aflições acrescentou-se uma série de outras práticas comuns na França embora proibidas em outros países civilizados: a tortura sistemática.
Contra os Templários aprisionados utilizavam-se a torquês (arrancava-se a panturrilha com uma torquês afiada e nela se despejava chumbo derretido), a Roda (esta era planejada para esticar tanto o corpo da vítima que muitos vieram a óbito), as surras e chibatadas e tormentos indescritíveis que somente cessavam diante da confissão do que o Rei e seu papa fantoche haviam estipulado.
Os templários deveriam confessar, entre outras coisas absurdamente estapafúrdias que:
- Praticavam sistematicamente a sodomia, o homossexualismo (heresia, prática antinatural e crime hediondo)
- Adoravam uma cabeça mumificada ou um ídolo demoníaco cognominado de Baphomet.
- Em seus rituais de Iniciação eram obrigados a renegar o Cristo e cuspir na Cruz.
O que mais causou espanto à opinião pública foi o fato de tantos homens pios, devotados a dedicar sua vida à causa de Cristo, em sua maioria originária de famílias nobres estivesse envolvida em tais práticas inverossímeis sem que em décadas ninguém emitisse qualquer palavra sobre tais heresias antes que fossem violentamente torturados.
Nos anos que se seguiram, a ordem foi sendo quebrada em vários países. Na Espanha e Portugal, continuou ativa na guerra contra os muçulmanos, foi fundada por D. Dinis de Portugal, a Ordem de Cristo, que era a mesma coisa, mas com outro nome.
Posteriormente já no século XV o Infante D. Henrique setorna Grão-Mestre da Ordem de Cristo e inicia as Grandes Navegações Portuguesas. Na Alemanha, os Templários desafiaram a todos para provar sua inocência.
Na Inglaterra as torturas eram legalmente proibidas. Embora tenha ocorrido uma única execução de um Cavaleiro Templário em solo inglês pela Santa Inquisição, jamais se ouviu de qualquer deles confissão alguma dos delitos que lhes eram imputados.
Na Escócia a bula Papal nunca foi lida e nenhuma prisão foi feita. Mais tarde seriam uma das influências de uma nova Ordem que surgiria junto as sociedades dos pedreiros-livres (os mesmos que construíram as catedrais góticas com base nos aprendizados da Construção do Templo de Salomão).
Há fortíssimos indícios que, desta união entre os Templários e as Guildas de Pedreiros Medievaisformaram a base do que viria a ser a Maçonaria. Naturalmente, com o passar dos anos, todos os que tinham justos motivos para ocultar-se dos rigores da Igreja juntaram-se aos Maçons (Rosacruzes, Alquimistas, Pitagóricos, Órficos, Astrólogos, Cabalistas...)
De 1307 a 1314 o Grão-Mestre Jacques de Molay além de preceptores da Ordem como Hugo de Piraud e Godofredo de Charney permaneceram encarcerados e submetidos às mais hediondas formas de tortura.
Jacques de Molay contava 70 anos de idade quando, a 18 de março de 1314 foi amarrado a uma estaca numa ilha remota do rio Sena em companhia de seus companheiros de cela. Protestando inocência até o último momento, as últimas palavras do último Grão-Mestre do Templo ainda ecoam através do tempo:
“Senhor,
Permiti-nos refletir sobre os tormentos que a iniqüidade e a crueldade nos fazem suportar. Perdoai, ó meu Deus, as calúnias que trouxeram a destruição à Ordem da qual Vossa Providência me estabeleceu chefe. Permiti que um dia o mundo, esclarecido, conheça melhor os que se esforçam em viver para Vós. Nós esperamos, da Vossa Bondade, a recompensa dos tormentos e da morte que sofremos para gozar da Vossa Divina Presença nas moradas bem-aventuradas.
Vós, que nos vedes prontos a perecer nas chamas, vós julgareis nossa inocência.
Intimo o papa Clemente V em quarenta dias e Felipe o Belo em um ano, a comparecerem diante do legítimo e terrível trono de Deus para prestarem conta do sangue que injusta e cruelmente derramaram.”
Os gases letais interromperam o anátema, DeMolay dobrou-se e perdeu os sentidos. O impacto inesperado deixou a multidão estarrecida. Não esperavam essa reação, mas cada um sentiu em si o peso da injustiça e a certeza que a maldição se cumpriria.
Quarenta dias depois, Felipe e Nogaret receberam uma mensagem "o Papa Clemente morrera". Felipe e Nogaret olharam-se e empalideceram, no pergaminho dizia que a morte ocorrera entre o dia 19 e 20 de abril.
O Papa Clemente morreu pôr ingerir esmeraldas reduzidas a pó (para curar sua febre e um ataque de angústia e sofrimento) que provavelmente cortaram seus intestinos. O remédio foi receitado por médicos desconhecidos, quando retornava a sua cidade natal. Papa de 1305 a 1314; nascido em Villandraut (Gironde), na França, em 1264.
Em 1309, o papa fixou residência em Avignon, cidade ao sul de França, alegando ser essa localização mais adequada do que Roma para administrar a igreja, pois a França era politicamente mais importante, devido as pressões de Filipe, o Belo. A sede do papado manteve-se em Avignon por 70 anos (1307- 1377), episódio que ficou conhecido como Cativeiro de Avignon. Clemente V deixou uma notável coleção de leis canônicas, asClementinae, e fundou na Europa várias cátedras de línguas asiáticas.
Guilherme de Nogaret veio a falecer numa manhã da terceira semana de Maio, envenenado por uma vela feita por Evrard, antigo Templário, com a ajuda de Beatriz d'Hirson. O veneno contido na vela era composto de dois pós; de cores diferentes:
- Cinza: Cinzas da língua de um dos irmãos de d'Aunay , elas tinham um poder sobrenatural para atrair o demônio.
- Cristal Esbranquiçado: "Serpente de faraó" Provavelmente sulfocia de mercúrio. Gera por combustão: Ácido Sulfúrico, vapores de mercúrio e compostos anidridos podendo assim provocar intoxicações.
Morreu vomitando sangue, com câimbras, gritando o nome daqueles que morreram por suas mãos.Guilherme de Nogaret, descendente de cátaros, era o oficial chefe de Filipe IV e principal conselheiro, arquitetou as acusações contra os Templários.
Nogaret já havia cometido ações contra Bonifácio VIII: (seqüestro e espancamento) - Bonifácio VIII (Benedetto Caetani) - Papa de 1294 a 1303; nascido em Anagni, entre 1220 e 1230.
Dedicou-se ao estudo de Direito, sendo considerado, quando cardeal, eminente jurista e hábil diplomata.
Convenceu o Papa eremita Celestino V a renunciar, sendo eleito em seu lugar. Entrou em choque com Filipe, o Belo; quando promulgou a bula Clericis Laicos, proibindo o clero de pagar impostos sem autorização papal. Depois de 1300, cresceram as dificuldades entre Bonifácio VIII e Filipe, o Belo; que falsificou bulas e pôs os franceses contra o Papa.
Guilherme de Nogaret, aliado a dois cardeais da família Collona, recruta na Itália um exército, e assalta o Palácio Anagni. Lá o Papa em seus 86 anos, dentro de seus aposentos sacerdotais, intimado a renunciar o papado teria dito: ''Aqui está meu pescoço, aqui está minha cabeça: morrerei, mas morrerei papa!''. Foi esbofeteado por um dos cardeais Collona e excomungou Guilherme de Nogaret.
Permaneceu prisioneiro por dois dias, até que a população o socorreu. Regressando à Roma, enlouqueceu devido ao golpe e morreu blasfemando depois de quatro meses (11 de outubro). Diz-se que morreu envenenado, fato que se atribui a Nogaret.
Felipe o Belo veio a morrer em 27 de Novembro de 1314, com 46 anos de idade, em uma caçada. Saiu a caçar com seu camareiro, seu secretário particular e alguns familiares na floresta de Pont-Sainte-Maxence. Sempre acompanhado de seus cães foram em busca de um raro cervo de 12 galhos visto perto ao local.
O rei acabou perdendo-se do grupo e encontrou um camponês que o ajuda a localizar o cervo. Achando-o e estando pronto a atacar-lhe percebeu uma cruz que brilhava, começou a passar mal e caiu do cavalo.
Foi achado por seus companheiros e levado de volta ao palácio repetindo sempre " A cruz, a cruz.." Pediu como o Papa Clemente em seu leito de morte que fosse levado a sua cidade natal; no caso do rei, Fontainebleau. "A mão de Deus fere depressa, sobretudo quando a mão dos homens ajuda" teria dito um dos Templários remanescentes, jurando vingança.
Felipe, Rei da dinastia Capetíngea. Filho de Isabel de Aragão e Felipe III, "o ousado". Casado com Joana de Navarra. Foi excomungado por Bonifácio VIII, excomunhão que foi levantada por Clemente V. Diz-se que Irmão Reinaldo, Grande Inquisitor de França, que acompanhou o rei em seus últimos dias, não conseguiu fechar suas pálpebras, que se abriam novamente. Foi assim, em seu velório, necessária uma faixa que cobrisse seus olhos.
Segundo os documentos e relatórios de embaixadores de que se dispõe, Chega-se a conclusão de Filipe, o Belo, sucumbiu a uma apoplexia cerebral em uma zona não motora. A afasia do início pode ter sido devido a uma lesão na região da base do crânio.
Seja como for, Bertrand de Got (Clemente V) efetivamente faleceu 40 dias depois da Intimação do Grão-Mestre e Filipe de Valois (“O Belo”) em um ano também morreu, causando grande impressão a todos quantos testemunharam as palavras finais do Grão-Mestre do Templo.
Relembremos que a época era cultuadora de relíquias e que os assistentes da execução colheram restos mortais dos mártires executados usando-as como autênticas relíquias...
O Julgamento da História
De tudo o que aconteceu nos eventos daquele tempo sombrio fica clara a crueldade de Filipe de Valois, que não se detinha diante de nada para levar a cabo seus intentos maliciosos.
O uso sistemático da tortura priva o ser humano da Razão e, tal como ficou provado durante os períodos de tortura por que a humanidade tem passado (do Império Romano à Ditadura Militar Brasileira) o supliciado confessa o que quer que o torturador queira ouvir ou implante em sua mente.
Diante da legislação internacional o uso da tortura para obtenção de confissões não é admissível: o supliciado confessa qualquer coisa que o torturador queira ouvir!
Havendo sobreviventes dos Templários e de seus pensamentos e ensinamentos em vários pontos do mundo aonde não chegava a autoridade de Filipe de Valois ou de Bertrand de Got encontram-se seres humanoshonrados, nobres, cavalheirescos e, como já se enfatizou mais de uma vez, um dos mais poderosos pilares de sustentação ou mesmo formação da Maçonaria como a conhecemos hoje.
O nome do último Grão-Mestre dos Templários, Jacques de Molay, é hoje lembrado com carinho e respeito por jovens de todo o mundo na Ordem que recebeu o seu nome, suprema justiça histórica!
Grãos-Mestres do Templo:
Hugh de Payens - Hugo de Payns | 1118/19-1136 |
Robert de Craon - Roberto de Craon | 1137-1149 |
Everard des Barres - Everardo de Barres | 1149-1152 |
Bernard de Tremelai - Bernardo de Trémélay | 1152-1153 |
Andre de Montbard - André de Montbard | 1153-1156 |
Bertrand de Blanquefort | 1156-1169 |
Philip de Milly - Filipe de Nablus | 1169-1171 |
Odo de St Amand - Odon de Saint-Amand | 1171-1179 |
Arnold de Toroga - Arnoldo de Torroja | 1180-1184 |
Gérard de Ridefort | 1185-1189 |
Roberto de Sablé | 1191-1193 |
Gilbert Erail | 1194-1200 |
Philip de Plessiez - Filipe de Plessiez | 1201-1209 |
William de Chartres ou Guilherme de Chartres | 1210-1219 |
Pedro de Montaigu | 1219-1232 |
Armand de Périgord | 1232-1244 |
Richard de Bures - Ricardo de Bures | 1244-1247 |
William de Sonnac ou Guilherme de Sonnac | 1247-1250 |
Reynald de Vichiers - Ronaldo de Vichiers | 1250-1256 |
Tomás Bérard - Thomas Berard | 1256-1273 |
William de Beaujeu ou Guilherme de Beaujeu | 1273-1291 |
Tibald de Gaudin - Teobaldo Galdin | 1291-1293 |
Jacques de Molay | 1293-1314 |
O FIM DOS TEMPLÁRIOS E O INICIO DA MAÇONARIA:
O ano de 1307 viu o começo da perseguição aos Cavaleiros. Apesar de possuir um exército com cerca de 15 mil homens, Jacques Demolay havia ido a França para o funeral de uma Princesa da casa Real Francesa e havia levado consigo poucos homens, sendo esses todos nobres. Na madrugada de 13 de outubro (uma sexta-feira, de onde se originou a história de sexta-feira 13 ser um dia infame) Jacques DeMolay, juntamente a seus amigos, foram capturados e lançados nas masmorras pelo chefe real Guilherme de Nogaret.
A partir de então, todas as posses dos Templários foram sendo confiscadas pelo tesouro francês, enquanto os castelos, propriedades e armas fora da França foram anexados aos Cavaleiros Hospitalários. A partir de 1307, os Templários estavam oficialmente extintos, com aviso para serem capturados e julgados (e condenados) se forem vistos. Seria o fim da Ordem?
Os Caminhos Templários
Com a Ordem desmoronando, os segredos iniciáticos guardados pelos Templários tiveram de cair na clandestinidade, sendo divididos de maneira mais ou menos caótica, de acordo com as oportunidades e possibilidades que cada grupo em cada país conseguiu encontrar. Os quatro caminhos mais conhecidos desta transmissão de conhecimentos foram:
1) A criação da Ordem dos “Cavaleiros de Cristo” em Portugal e suas ramificações na Espanha. Esta Ordem nos é muito importante porque dela surgirão a Escola de Sagre e, consequentemente, o “descobrimento” do Brasil pelo Grão Mestre Cabral, em 1500.
2) Havia um grupo de templários liderados por Pierre D´Aumont, sucessor não oficial de Jacques deMolay, que deu origem ao Rito da Estrita Observância, na Alemanha e Escandinávia, e mais tarde ainda daria origem ao Rito escocês Retificado a às Ordens Martinistas.
3) Na França, os cavaleiros passaram a ser liderados por Jean Mare Larmenius (este documento de transição está guardado no Mark Mason´s Hall, em Londres) e
4) Na Escócia, a fundação da Ordem Real da Escócia e da proteção aos Templários foragidos por meio das Guildas de Maçons e construtores escoceses, especialmente em Bath, Bristol e York. A rota escocesa está associada a Robert de Bruce (aquele do filme Coração Valente) e coloca a Família St. Clair e a Capela de Rosslyn como figuras centrais da Maçonaria Templária.
A batalha de BannockBurn
A Batalha de Bannockburn (23-24 de junho de 1314) foi travada entre forças da Inglaterra e da Escócia, resultando em vitória significativa para esta última, no âmbito das Guerras de Independência Escocesa. Todos os relatos e lendas contam que os escoceses haviam sido auxiliados por poderosos e treinados guerreiros, que mudaram o curso da batalha e os auxiliaram a derrotar as forças inglesas. Estes guerreiros possuíam a pele queimada de sol e longas barbas, em contraste gritante aos branquelos escoceces.
O exército inglês, de cerca de 25 000 homens, comandado por Eduardo II da Inglaterra, foi interceptado no vau de Bannockburn (riacho Bannock Burn, afluente do rio Forth) por um contingente escocês de cerca de 9000 soldados, sob o comando de Robert Bruce. Aos primeiros embates do dia 23, relativamente modestos, seguiu-se um grande confronto no dia seguinte. O resultado pode ser atribuído à desastrada disposição das forças inglesas, entre dois riachos e em solo pantanoso. Eduardo II retirou-se do campo e fugiu de volta à Inglaterra.
A vitória escocesa foi completa e, embora o reconhecimento inglês da independência da Escócia ainda tardasse mais de 10 anos (1328), ajudou Robert Bruce a restabelecer um Estado soberano escocês.
Depois de 1318, todos os grandes proprietários escoceses tiveram que decidir quais propriedades manteriam e jurar fidelidade ao rei apropriado – se quisessem ter suas terras escocesas, teriam que abandonar as propriedades na Inglaterra – ou o contrário. Nesse ano o Parlamento escocês passou um decreto segundo o qual se o rei morresse sem filhos, seu neto Robert Stewart seria seu sucessor – mas nasceu-lhe um outro filho, David II Bruce, em 1324.
A “Declaração de Arbroath” em 1320, reafirmação da independência da Escócia composta por seu chanceler Bernard de Linton, e uma missão a Avignon, persuadiram afinal o papa João XXII a reconhecê-lo como o rei da Escócia em 1322. A declaração é conhecida também como a primeira carta de direito de uma nação, tendo inspirado a Revolução Francesa (guarde bem esta correlação, ela aparecerá mais vezes!).
Pierre D´Aumont
A história francesa associada com as Terras altas e Aberdeen, que retrata a fundação da abadia de St. George, conta que o Grão mestre Templário de auvergne, Pierre D´Aumont, fugiu para a escócia em 1307, acompanhado por 2 comandantes e 5 marechais de campo, atracando na Ilha de Mull, onde se disfarçaram de maçons operativos na Guilda de Mull. Como o disfarce local dependia do fato de serem vistos como construtores, eles se denominaram “Maçons-livres” e adaptaram seus rituais templários para fazer uso simbólico das ferramentas de um ofício de maçom. Em outras partes da Europa, cavaleiros acabaram se mesclando aos lenhadores franceses e carvoeiros italianos, dando origem à mui respeitosa Ordem da Carbonária, onde os bons primos se reúnem.
Os templários ingleses se mudaram para Aberdeen em 1361, e dali a Guilda de “construtores” se espalhou pela Europa. Antes da perseguição francesa, os Templários já tinham grande contato com os artesões e construtores, que os acompanhavam em suas jornadas com a função de construir templos, barracos e fortalezas por onde se estabelecessem. A correlação entre os monges guerreiros e os construtores de abadias já vinha de longa data. Como a perseguição católica se estendeu apenas para os guerreiros, deixando os construtores com a opção de continuarem seus trabalhos, uma maneira simples que os Templários encontraram foi a de, com a ajuda de seus antigos artesões serventes, mesclarem-se a estes novos “pedreiros-livres” (livres porque a partir de 1314 não estavam mais subordinados a nenhuma ordem militar/religiosa).
É importante frisar que, como o rei Inglês Edward II estava negociando com a Igreja por conta de seu casamento com Isabel (da França), ele foi obrigado a aceitar a bula papal que condenava os Templários, mas fez corpo mole por tempo suficiente para que os cavaleiros pudessem desaparecer no anonimato. Em 1309, uma comissão católica chegou à Londres e insistiu para que os Templários fossem presos, levando-os a julgamento. Existem documentos censurando os xerifes de York por terem deixado os templários “vagando por toda a área”
1319 e a Ordem de Cristo
Nos séculos XII e XIII, a Ordem dos Templários ajudou os portugueses nas batalhas contra os muçulmanos, recebendo como recompensa extensos domínios e poder político. Os castelos, igrejas e povoados prosperaram sob a sua proteção. Em 1314, o papa Clemente V de origem francesa e Felipe IV de França, tentaram destruir completamente esta rica e poderosa ordem (assassínios, absorção de bens, atrocidades, que levariam Fernando Pessoa a afirmar a luta contínua contra a Tirania, a Ignorância e o Fanatismo, segundo ele, os três assassinos de Jacques de Molay, Grão Mestre da Ordem), tendo Dom Dinis logrado transferir para a Ordem de Cristo as propriedades e privilégios dos Templários.
A Ordem de Cristo foi assim criada em Portugal comoOrdo Militiae Jesu Christo pela bula Ad ae exquibus de 15 de março de 1319 pelo papa João XXII, sendo rei D. Dinis, pouco depois da extinção da Ordem do Templo. Tratava-se de refundar a Ordem do Templo que anterior bula papal de Clemente V havia condenado à extinção.
Em Portugal, os bens dos Templários ficaram reservados por iniciativa do rei, transitando para a coroa entre 1309 e 1310, enquanto decorria o processo, não sem que o monarca rejeitasse o administrador nomeado por Clemente V – Estêvão de Lisboa. Esses mesmos bens passaram para a nova congregação em 26 de novembro de 1319, com exceção aos reis de Castela e Leão, Aragão e Portugal, que se juntaram para contrariar a execução da medida que ordenava a transferência para a Ordem Hospitalária.
A nova Ordem surgia, assim como uma reforma dos Templários “para Francês ver”. Tudo mudou, para ficar mais ou menos na mesma. O hábito era o mesmo, a insígnia também, com uma ligeira alteração, e os bens, transmitidos pelo monarca, correspondiam aos bens templários.
Jean Mare Larmenius
A tradição Francesa diz que Jacques deMolay, em 1313, ainda na prisão, estava determinado a continuar a Ordem de maneira secreta, e transferiu todo o seu poder e autoridade para Johannes Marcus Larmenicus como sucessor. larmenicus, quando ficou velho, redigiu uma carta de transmissão de poderes a Theobaldus e depois disso, cada Grão-Mestre anexou sua aceitação ao documento original, chegando até 1804 com o Grão mestre Bernard Raymond. Este documento decora a Sala do Conselho do Mark Mason´s Hall e está lá até os dias de hoje. A lista completa de 1313 até 1804 pode ser vista AQUI.
Ainda estamos no século XIV. Até 1717 falta um bom caminho, passando por Luteranos, Protestantes, Lollardos, Rosacruzes, Alquimistas, Renascentistas, Cientistas e Reformadores…
Conclussão :
Nós do Mundo sobrenatural só podemos deduzir que, As tão famosas Cruzadas que impunha seus valores pela força da espada e seus cavaleiros templários que tiveram duas fazes antes do seu fim.
Primeiro a de beneméritos e logo a seguir a de cavaleiros seduzidos pela corrupção mundana, Trouxeram paz a muitos e violência a outros, foram eliminados da mesma forma violenta com que impunham a doutrina e a religião a quem não acreditasse ou seguisse os evangélios de Jesus.
Segundo: a corrupção do homem dividiu a igreja e a religião,colocando os cavaleiros e o Clero em lados opostos, não se sabe se pelo fato dos cavaleiros serem, uma pedra no sapato do Clero "Papa" e Roma ou o contrário pois ambas as partes tiveram seu momento histórico de benfeitorias e serviço a Deus como também em um dado momento se deixaram corromper pela ganancia poder, utilizando se do nome de Deus para promover a violencia o caos e a carnificinna a quem não os seguisse.
Sobre a relação entre Sexta feira Treze e a data de 13/10/1307 é uma curiosidade bem interessante que demonstra como tudo na vida e no mundo está interligado, como uma breve pesquisa sobre uma simples data revela fatos e acontecimentos tão grandiossos e interessantes.
A respeito da ligação entre cavaleiros Templários e a Maçonaria, sabemos que seitas, religiões e ordens secretas existem desde o começo dos tempos e negar a influencia que elas exercem dentro de nossa sociedade e afirmar nossa própria ignorância e aceitar ser fantoches nas mãos dos poderossos que dominam o Mundo.
Como eu mesmo disse lá em cima no começo do post: " A maior fraqueza de um homem é a sua própria Ignorância"
Milton Sousa
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