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segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Assassinos Canibais, matavam, esquartejavam e vendiam salgados recheados de carne humana


A Polícia Civil de Pernambuco prendeu este ano, mais uma quadrilha que impressiona pelos requintes de crueldade utilizados pelos acusados Jorge Negromonte, 50 anos, Isabel Cristina, 51, e Bruna Cristina de Oliveira, 25, para matar, esquartejar e enterrar duas mulheres, no quintal de casa, em Garanhuns, no Agreste Meridional de Pernambuco.




Segundo o delegado Wesley Fernando, que está à frente do caso, durante o depoimento de Isabel Cristina, ela confessou que parte dos salgados – coxinhas, risoles, empadas, entre outros – que ela fazia para vender na cidades eram recheados com a carne das vítimas

“Depois que eles esquartejavam, a carne era congelada, desfiada e também utilizada para alimentar a família, inclusive dando partes dos corpos para a criança que morava com o trio. Além disso, segundo Isabel, a parte preferida era o coração das vítimas. Mas nada sobrava. Eles também usavam o fígado e os músculos das pernas que eram fervidos e ingeridos, numa espécie de ritual macabro”, explicou o delegado. A polícia acredita que esse mesmo ritual foi feito também com outras vítimas.

Polícia encontrou carne humana na geladeira da casa dos assassinos.



Até essa quinta, acreditava-se que o nome de Bruna Cristina, amante de Jorge há sete anos, era Jéssica Camila da Silva, de 22 anos. Mas essa pode ter sido a primeira vítima do grupo. Depois do assassinato, Bruna assumiu a identidade da jovem, que morava em Rio Doce, Olidna, Região Metropolitana do Recife. A menina de 5 anos que morava com os acusados pode ser filha de Jéssica. A polícia ainda investiga outros cinco homicídios que podem ter sido praticados pelos três.

VENDEDORA DE SALGADOS Isabel Cristina Pira, 50, dona de casa, casada com Jorge Beltrão Negromonte da Silveira, 50, fazia os salgados em casa e saia pelas ruas do centro de Garanhuns vendendo empadas, coxinhas, sempre com o argumento que estava precisando comprar remédios e colocar comida em casa.

O CRIME A Polícia Civil localizou os corpos de Giselly Helena da Silva, conhecida como “Geisa dos Panfletos” (desaparecida desde o dia 25 de fevereiro) e Alexandra da Silva Falcão, 20 anos (desaparecida desde o dia 12 de março de 2012). Elas foram assassinadas, esquartejadas e enterradas no quintal da casa dos assassinos. Quando a polícia chegou na residência foi recebida por uma criança de apenas cinco anos de idade que mostrou aos policiais, “o local onde os pais mandavam as pessoas para o inferno”. Ela foi levada para o Conselho Tutelar da Cidade e os acusados, Jorge Negromonte, Isabel Cristina e Jessica Camila foram encaminhados para a 2ª Delegacia, onde confessaram ter cometido o crime.


DOR Em entrevista, Celma Maria Leandro da Silva, 42, mãe de Alexandra da Silva (vítima), tinha esperança de encontrar a filha ainda viva. Segundo ela, Alexandra saiu de casa no dia 12 de março, dizendo que ia resolver uma questão de emprego, já que uma mulher (que seria Isabel, uma as acusadas) teria lhe oferecido uma oportunidade de trabalho, enquanto pegava ônibus no centro da cidade.


Após o trio investigado por homicídios e ocultação de cadáveres em Garanhuns, no Agreste de Pernambuco, declarar para a polícia, em depoimento, que vendia salgados recheados com carne humana, as primeiras pessoas que teriam consumido os produtos começam a revelar como uma das mulheres agia para vender as comidas. De acordo com os moradores, o comércio de alimentos como empadas e coxinhas estaria prejudicado na cidade após os suspeitos contarem que fabricariam lanches com a carne das vítimas.






Uma agente administrativa de 26 anos acredita ter comido uma das empadas vendidas pela mulher que integrava o trio. Quando o caso apareceu na mídia, a cliente, que não quis se identificar, reconheceu uma das suspeitas. “Eu estava num consultório médico quando ela chegou oferecendo a empada. Era a senhora mais idosa”, relata. Na última quarta-feira (11), duas mulheres e um homem foram presos e os corpos de duas vítimas foram encontrados enterrados no quintal da casa onde eles viviam.

O episódio da compra das empadas aconteceu cerca de dois meses atrás. A agente administrativa conta que a vendedora insistiu, alegando que precisava de dinheiro para comprar um remédio controlado. “Todo mundo que estava na sala de espera acabou comprando para ajudar. Não notei nada de diferente, até porque tinha pouco recheio. Chego a me perguntar se realmente era [carne humana]. Senti um mal estar quando me dei conta, ao saber que posso ter comido isso”, afirma ela. Depois disso, a jovem conta que viu várias vezes a suspeita nas ruas, sempre vendendo lanches.
A suspeita de participar dos homicídios vendia os salgados em locais como clínicas e salões de beleza na cidade, principalmente na região próxima de onde morava. Cristiane Lima, de 29 anos, é dona de um salão em que a mulher ia frequentemente vender as comidas. “Desde dezembro que ela vendia empadas aqui. A maioria dos clientes comprava e não chegava a reclamar, alguns achavam mais ou menos. Uma vez, teve duas clientes que acharam muito salgado e não terminaram de comer. Ela dizia que era empada de frango”, lembrou. O produto seria vendido por R$ 0,50 ou R$ 1.
A empada era novinha, bem feita, e chegava bem quentinha aqui, até porque ela morava perto"
Cristiane Lima, dona de salão
A suspeita costumava ir até o salão de Cristiane aos sábados, sempre dizendo que estava vendendo para comprar remédios para um filho doente. “A empada era novinha, bem feita, e chegava bem quentinha aqui, até porque ela morava perto. As pessoas compravam mesmo, estava todo mundo com fome. Tinha vezes que ela vendia até dez empadas aqui”, falou. A cabeleireira teria chegado a provar o salgado, mas não comeu por completo. “Achei muito salgado e na hora o salão estava cheio, não deu nem tempo de comer”.
Diferente de Cristiane, uma manicure de 48 anos, que também não quis se identificar, teria comido a empada por completo. “Um dia, uma cliente nossa comprou para a gente lanchar, todo mundo. E eu até incentivei, para ajudar e porque estávamos todos com fome. Ela dizia que era light e de frango. Não percebi diferença que seria de carne humana, só estava muito salgada”. Por sofrer de pressão alta, a mulher não teria comprado o produto outras vezes. “Se eu não tivesse esse problema, provavelmente compraria de novo, nunca ia adivinhar. Ela chegava como coitadinha, dava pena.”, disse.
A manicure contou que o comércio da cidade já sente alguns efeitos negativos por conta do caso. "Vai demorar muito para a população esquecer isso. Isso é coisa que a gente pensa que só acontece na televisão, nos Estados Unidos, a gente nunca ia saber que o inimigo estava do nosso lado. Muitos comerciantes estão sofrendo com isso, porque a população não está mais comprando salgadinhos na cidade", contou.
Não tinha sabor de empada, não tinha tempero. Eu achava estranho, porque era meio ligada, achava meio pastosa, mas acabava comprando"
Cássia Vaz, funcionária pública
Os filhos de Cássia Vaz, de 26 anos, que é funcionária pública, também não estão comendo mais salgados na cidade . Ela chegou a comprar 10 empadas de uma vez, quando a suspeita vendia na porta de sua casa. “Não tinha sabor de empada, não tinha tempero. Eu achava estranho, porque era meio ligada, achava meio pastosa, mas acabava comprando”, concluiu.
Criança
A Justiça aguarda o resultado dos testes de DNA feito em duas pessoas que se apresentaram à polícia como parentes da criança de cinco anos que vivia com o trio suspeito. O teste deve ficar pronto em 20 dias. Enquanto isso, a criança permanece em uma instituição de acolhimento em Garanhuns. Se não houver comprovação de parentesco, a menina será inserida no cadastro nacional de adoção.
A juíza responsável pelo caso explicou que duas certidões de nascimento da criança foram encontradas, informando pais e avós diferentes. Em uma delas, o suspeito é apontado como o pai. De acordo com investigações policiais, a menina seria filha de uma mulher assassinada pelo trio em Olinda, no ano de 2008. Uma das suspeitas assumiu que usava o nome dessa mulher e dizia que a criança era filha dela.
Seita
De acordo com a polícia, os suspeitos falaram que faziam parte de uma seita, que pregava a purificação do mundo e a diminuição populacional, matando três mulheres por ano. O homem suspeito de comandar o trio nos assassinatos fez um livro, ilustrado e registrado em cartório, onde conta detalhes dos crimes e da vida dele.
A polícia começou a desvendar o crime quando encontrou os restos mortais das mulheres na residência deles. Um dos dois corpos seria de uma mulher desaparecida desde fevereiro; o outro, de uma mulher de 20 anos, que sumiu no dia 15 de março. Depois de as famílias das vítimas prestarem queixa, a polícia localizou o trio quando uma fatura de cartão de crédito chegou à casa de uma das vítimas. Imagens das câmeras de segurança de lojas onde as compras foram efetivadas mostravam os suspeitos.
As vítimas também teriam sido vistas perto da casa dos investigados antes de desaparecerem. A polícia conseguiu mandados de prisão e de busca e apreensão e, ao ser abordada, uma das mulheres teria assumido os crimes e revelado o local onde os cadáveres estavam enterrados. Segundo a polícia, a menina de cinco anos que morava com o trio testemunhou os crimes cometidos na casa. Em depoimento, ela contou que o pai teria cortado o pescoço das mulheres assassinadas.

Fonte: G1

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